DESPEDIDA

Em Despedida, o eu lírico revive as lembranças de um amor que se perdeu no tempo. Entre promessas não cumpridas e silêncios que doem, ele reflete sobre o último toque, o último olhar e o vazio deixado pela partida. O poema é um sussurro de saudade — a dor de quem ainda sente o perfume do amor, mesmo depois que ele se tornou apenas lembrança.

11/10/2025 09:40
2 min.
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DESPEDIDA

Lorrane Dias


Encontrar um novo amor

Você pratica isso tão fácil,
Pra quem me causou tanta dor...
 Por que comigo amar era difícil,
 Se eu te dei o meu melhor?

Resposta que nunca teremos,
 Creio que nunca mais nos veremos.
 Lembro-me da última vez —
 Último abraço,
 Último beijo,
 Último toque,
 E da tua pele, a maciez.

Senti o gosto da despedida em teus lábios,
 E teus olhos, frios, vazios.
 Prometeste que nos veríamos outra vez,
 Mas em mim só ficou um talvez.

Quis morar naquele momento,
 Mas havia tanto ressentimento.
 Quis voltar no tempo,
 Mas não posso mudar o vento.

E se eu pudesse refazer o que foi ausente,
 Você ainda me amaria ardentemente?

Talvez não…
 Talvez o amor tenha morrido em silêncio,
 Entre um adeus maldito e um coração doente.
 Hoje só restam lembranças frias,
 E o eco do teu nome no escuro da noite.

Durmo esperando o impossível retorno,
 Mas desperto no mesmo abandono.
 Teu perfume ainda vive no travesseiro,
 Como um fantasma doce e traiçoeiro.

E o peito vazio, em silêncio, respira,
 Guardando o espaço onde a tua vida
 Fez morada... e depois partiu,
 Deixando o amor — que era fogo —
 Tornar-se frio.

 

Lorrane Dias Barbosa

Lorrane Dias Barbosa

Autor

Bio
Lorrane Dias é uma amante da palavra escrita, que transforma sentimentos em poesia com intensidade, delicadeza e verdade. Naturalmente sensível e observadora, encontra na escrita um refúgio para as emoções que transbordam e não cabem no silêncio. Suas poesias exploram os labirintos do desejo, da saudade e das relações humanas, sempre com um toque de profundidade e confissão. Acredita que cada verso é uma forma de tocar o outro — mesmo quando fala de dores secretas, amores impossíveis ou paixões que desafiam a razão. Sua escrita é um espelho das emoções que não pedem licença para existir.