No Instante em Que Fui Tua

Um poema sobre um encontro que incendiou sentidos: o sorriso dela, o mistério que atrai, o beijo que permanece, o toque que acende. Em um quarto pequeno, duas respirações criaram um instante profundo e agora o desejo permanece aberto, esperando o próximo capítulo entre duas mulheres que se encontraram no tempo certo e no lugar inesperado.

09/12/2025 13:43
1 min.
19

No Instante em Que Fui Tua

Lorrane Dias

Quando você sorri com os olhos fechadinhos,

me desmonta, me desarma, me deixa sem caminhos.

Há um segredo no seu jeito doce, provocante

que acende meu peito num fogo delirante.

 

Sua energia invade tudo, vira tempestade,

e o que eu sinto por você já foge da metade.

É mais que encanto, mais que curiosidade…

é desejo vestido de saudade.

 

Ao som lento da noite, eu te beijei,

e na sua boca encontrei o céu que nunca imaginei.

Seu cheiro ficou em mim como promessa no ar,

sua pele, cetim que meus dedos queriam guardar.

 

Num quarto apertado, minha respiração te chamou,

e a sua, tão perto, em silêncio respondeu e queimou.

Ali, entre o quase e o agora, nasceu a tentação,

e o toque do seu corpo rimou com minha emoção.

 

E desde aquele instante marcado em nós duas,

carrego o arrepio, o fervor e as dúvidas:

se o destino vai, enfim, nos devolver o encontro,

ou se o fogo que deixamos pronto

vai te chamar de volta ao meu desejo,

pra reacender em mim

o sabor do seu beijo.

Lorrane Dias Barbosa

Lorrane Dias Barbosa

Autor

Bio
Lorrane Dias é uma amante da palavra escrita, que transforma sentimentos em poesia com intensidade, delicadeza e verdade. Naturalmente sensível e observadora, encontra na escrita um refúgio para as emoções que transbordam e não cabem no silêncio. Suas poesias exploram os labirintos do desejo, da saudade e das relações humanas, sempre com um toque de profundidade e confissão. Acredita que cada verso é uma forma de tocar o outro — mesmo quando fala de dores secretas, amores impossíveis ou paixões que desafiam a razão. Sua escrita é um espelho das emoções que não pedem licença para existir.